Hortênsias camaleão
As hortênsias (Hydrangea macrophylla),
pertencentes ao gênero Hydrangea, são arbustos semilenhosos
originários da China e do Japão, que através de
técnicas de melhoramento genético, há algumas variedades da flor cultivadas em
diversos países de clima tropical, temperado e subtropical. Sua característica marcante, flor de
cultivo fácil, rápido e simples. Além de ser rústica e de boa adaptação a
diferentes tipos de solos.
A hortênsia ainda se destaca quanto à exuberância dos cachos, capazes de atingir até 2,5m de altura, com
variação de cores de suas inflorescências influenciada pelo nível de acidez e
concentração de alumínio do solo. Como o solo brasileiro é naturalmente
acidificado, o azul é a cor que prevalece na hortênsia plantada no país.
O segredo das cores
As cores hortênsias dependem do PH (potencial de acidez, neutralidade e alcalinidade de uma substância ou solução) do solo onde estão plantadas. Uma mesma planta pode dar flores azuis, rosas ou brancas, se a terra que a cerca tiver o PH alterado.
Existem fertilizantes à venda que ajudam a ativar a tonalidade das flores, tornando-as azuis ou rosas. Mas você pode fazer seus próprios experimentos.
Flores azuis - Para que sua hortênsia produza flores azuis o solo deve ser ácido. Em um solo rico em alumínio elas nascerão lindamente azuis, chegando ao violeta. Caso o solo não seja ácido faça uma mistura de 20 g de sulfato de alumínio, sulfato de ferro ou pedra ume, diluída em 5 litros de água e regue a planta com esta mistura duas vezes por semana, começando cerca de 40 a 50 dias antes do início da floração. Quanto mais alumínio contiver o solo onde está plantada a hortênsia mais escura será sua cor podendo nascer buquês de flores violetas. Há porém, outra "receita" específica para que a hortênsia produza flores violetas. Neste caso coloque palhas de aço usadas dentro de água. Deixe até que a água esteja da cor da ferrugem. Depois regue a hortênsia com esta água uma vez por semana.
Flores rosas - Para que sua hortênsia produza flores rosas o solo deve ser alcalino. Se você já tem uma planta que produz flores azuis e deseja que ela passe a produzir flores rosas, antes de mais nada, pode-a eliminando a maioria das folhas (isto é necessário para eliminar o máximo possível do alumínio que a planta contém). Replante-a em um local com a terra preparada com uma mistura de 200 a 400 g de calcário dolomítico por m2. O calcário dolomítico é um corretivo para o solo que pode ser encontrado em viveiros ou lojas de plantas e produtos para jardinagem. Assim têm-se flores rosas de tonalidades variadas, podendo inclusive dar origem a flores brancas. Quanto mais alcalino o solo ficar mais clara será a cor das flores, culminando em hortênsias de buquês brancos.
Adicionando carbonato de sódio (não confunda com bicarbonato de sódio) à terra pode-se conseguir flores multicoloridas.
CULTIVANDO HORTÊNSIAS
As
hortênsias transformam os jardins em espaços lindos e requerem cuidados mínimos, além da
poda. Por isso, quando as hortênsias não florescem por uma temporada,
provavelmente é uma das três razões ou não teve sol suficiente, ou o frio matou
os botões, ou foi podada na hora errada
Solo: solos férteis, bem
irrigados, com boa drenagem e muita matéria orgânico.
Clima: subtropical,
tropical e temperado
Área
mínima: pode ser plantada em vaso
Colheita: de 7 a 8 meses após o plantio
Propagação: Realizada por estacas que podem ser extraídas após o florescimento.
As estacas podem ser herbáceas (brotações laterais que ocorrem ao longo dos
ramos), desde que tenham cerca de 8 centímetros e de quatro a seis folhas
pequenas e sejam usados reguladores de crescimento para garantir o
enraizamento, e semilenhosas, utilizando ramos que contenham, no mínimo, duas
gemas laterais, sendo uma para ficar sob o substrato para formação das raízes e
outra acima, para a parte aérea. As estacas levam 40 dias para enraizar.
Podas: Após a inflorescência, primeiro
remova os membros mortos, depois cruza os ramos, diminuindo o interior da
planta para abri-lo para mais luz solar.
Controle de pragas
Galhas: folhas e pétalas atacadas tornam-se espessas e deformadas
apresentando, às vezes, manchas esbranquiçadas. As extremidades dos ramos
também podem manifestar o problema, tornando-se "esgalhadas".
Controle: elimine as partes afetadas e utilize um fungicida do
tipo Calda Bordalesa (sulfato de zinco, cal e água).
Oídio: a planta apresenta manchas esbranquiçadas na frente e verso das
folhas e até no cálice da flor. Com o tempo, as folhas apresentam coloração
cinza escuro e começam a cair prematuramente.
Controle: reduza a quantidade de água nas regas, isole as plantas atacadas
ou suspeitas e faça pulverizações com fungicida em casos mais severos.
Seca de ponteiros: apresenta-se na forma de uma podridão marrom
escura, que se inicia na ponta do ramo e se espalha para baixo, atingindo a
haste principal. Pode provocar até a morte da planta.
Controle: faça a poda dos ponteiros atacados e proteja o corte com uma pasta
à base de oxicloreto de cobre.
Clorose: toda a folhagem pode tornar-se amarela.
Controle: normalmente, o problema surge por deficiência
nutricional. Deve-se observar a adubação correta, verificando se há carência
dos nutrientes.
Fontes:
*FÁBIO ALESSANDRO PADILHA VIANA, engenheiro agrônomo, doutor em
produção e tecnologia de sementes de flores e plantas ornamentais e professor
da Universidade de Brasília (UnB), tel. (61) 8601-8619 ou (61) 8284-3345,
fabioapviana@unb.br
http://revistagloborural.globo.com/vida-na-fazenda/como-plantar/noticia/2013/12/como-plantar-hortensia.html
http://www.grupocultivar.com.br/artigos/o-segredo-das-hortensias-hydrangea-macrophylla
Outros
artigos sobre as hortênsia:
http://www.hgtv.com/design/topics/hydrangeas/p/2
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